Resenha de As Virgens de Vivaldi

Título: As Virgens de Vivaldi
Autora: Barbara Quick
Páginas: 347
Editora: Bertrand Brasil
                     Imagine um cenário clássico, do século XVIII, em Veneza, na Itália, este é o roteiro de "As Virgens de Vivaldi. Na Ospedale della Pietà (um abrigo para crianças abandonadas) é onde vive Anna Maria dal Violin, uma das instrumentistas mais talentosas do lugar. Annina, como é carinhosamente chamada, é uma "figlie di coro"( participa de um grupo de garotas enclausuradas que cantam e tocam instrumentos no coro). Como disse anteriormente, grande parte das meninas que vivem na Pietà foram abandonadas, entretanto, algumas vivem lá por um tempo, para aperfeiçoarem seu talento musical,tendo aulas de música com o Padre Antônio Vivaldi (também chamado de Padre Vermelho).
                     Anna Maria, foi uma das garotas abandonadas quando era bem pequena na Pietà, portanto, ela vai em busca de informações para desvendar o grande mistério de sua vida: quem é sua mãe, sua família. A violinista, conta com a ajuda de vários amigos para descobrir seu passado, sendo o final da história surpreendente.
                      O roteiro do livro mistura a instigante busca pela identidade de Anna, com muita música clássica, sendo descritas aulas de música, concertos musicais, além do talento, destreza e genialidade daquelas que fazem parte do Coro. A autora também utiliza outro recurso na narração da história, cartas, escritas por Anna Maria na tentativa de encontrar sua querida mãe. Estas, são cheias de emoção e revelação.
                     Ao ler cada capítulo de As Virgens de Vivaldi, me transportei num verdadeiro mundo clássico, numa Europa narrada pelos livros de história, e claro, situada numa época de evolução da música. Além de todos esses elementos, se encontra muito presente também, a Igreja Católica, sendo citada mesmo que involuntariamente ao longo do livro.
                      Este é um ótimo livro, principalmente, para aqueles que gostam de vivenciar momentos clássicos da história. Para finalizar esta resenha, destaquei um trecho do livro que particularmente amei : "Não precisamos de muitas emoções- nem de nos emocionarmos com muita frequência,-  para sentirmos que a vida é emocionante o suficiente para ser perfeita à sua maneira."